sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

Parte 8 - Fase III lesão continua

Após uma paragem de semana e meia, entrei no que seria a primeira semana da Fase III, esperançado que o tempo de paragem e o trabalho específico que fiz, fosse suficiente para debelar os problemas que tenho sentido com meu joelho esquerdo. Infelizmente assim não aconteceu.

Fase III
O mais certo é não poder fazer a maratona que tinha planeado em Abril, pelo que começo a não ver grande sentido em continuar a falar das fases da minha preparação. Mas pronto, até tomar a decisão final, irei continuar a falar do que planeio treinar, e depois como correu.

A fase III tem o objetivo de conseguir correr rápido e mais longe, ou seja, manter o ritmo que tinha na Fase II, mas numa distância maior. É sobretudo agora que se faz mais volume.



Análise...
Não fosse a lesão teria entrado muito entusiasmado neste fase. Estaria curioso para saber se conseguiria aguentar os aumentos de kms, a um ritmo relativamente alto. Fiz o que pude para melhorar da lesão que tenho no joelho esquerdo, e tinha esperanças que a coisa tivesse melhorado.
Na introdução a este artigo, referi que parei uma semana e meia. Isso não é bem verdade.. Na prática parei apenas uma semana. Mas como o treino em questão era uma sessão de Jogging, nem contou para o totobola :)

1º treino - 5km 06:00
Na realidade estive apenas uma semana parado. Foi uma sessão de recuperação, onde não senti problemas de maior. Foi realizada numa passadeira.
2º treino - 13,50km 04:52/04:44
O que posso destacar aqui, foi a perda de andamento que senti em relação ao que tinha antes da "mini-paragem". É certo que foi apenas uma semana e pouco. É também certo que estou a passar uma fase de muito trabalho e pouco descanso. Mas não esperava ter as dificuldades que tive para manter o ritmo. Não foi um esforço do outro mundo, mas realmente não boas sensações, pelo que nunca andei próximo do ritmo mais rápido pedido para este treino, 04:44. Deixei-me ir um pouco mais lento, tendo uma média final de 04:50. No que toca ao joelho, deu uns sinais de aviso a partir mais ou menos dos 10kms, mas não passou muito disso. Ganhei algum ânimo.

3º treino - 9km 04:41/04:25 +13,50km 05:35/05:02
Este era de longe o treino mais exigente que tinha para fazer até então. 9kms a um ritmo rápido, seguido de 13.50kms a um ritmo confortável. O objetivo? Ganhar força e resistência. Mesmo em forma seria um desafio interessante. 22,50kms ao todo. Em face das sensações que tive no treino anterior, não me sentia minimamente confiante de conseguir cumprir o plano a 100%, sobretudo no que toca ao ritmo.
Decidi então fazer um treino à beira mar. Quem não gosta de treinar à beira mar?

O cenário era perfeito. Tempo bom para correr, muitas pessoas na calçada, vontade de correr. Os primeiros 9kms foram feitos a um ritmo não muito rápido. Realmente não sentia aquela "xispa" para dar gás. Pelo que procurei um ritmo mais fácil, pois sabia que tinha uma longa distância pela frente. Acabos os 9kms e entro na segunda fase do treino, onde me esperavam mais 13,50kms. Não sei precisar a que km foi, mas pouco depois comecei a sentir os mesmo problemas de sempre no joelho. Uma dor na parte de trás do mesmo. Tentei gerir o melhor que pude, tentei proteger-me na passada, tentei terrenos mais moles, nas poucas vezes que encontrei, mas nada resultou. Cheguei a um ponto em que fazia 200m/300m e tinha que para para ir a passo, ou alongar e voltar a correr. Foi um suplicio, porque comecei a ter este problema a muitos kms de onde tinha começado o treino, pelo que ou ia a pé e gastava uma hora ou mais, ou tentava fazer o que fiz.
Foi desolador, desmotivador, díficil. Senti raiva.. desespero.. impotente, por ver que afinal absolutamente nada melhorou no meu problema com o joelho. Vi ali que a Maratona da Corunha em Abril poderá acontecer, mas talvez só de 2016 adiante. Custa ter um problema destas e não conseguir debelar, apesar dos meus melhores esforços. Boa vontade, esforço e preseverança não são suficientes. 
Mas pronto, as coisas são o que são. Como eu há milhares.. e milhares há que nem o que faço podem fazer. 

Acabei o dia coxo de novo, e com algo novo. Dores nos gluteos da mesma perna do joelho lesionado. Por ventura, ao tentar compensar uma coisa, causei outros problemas.

E agora
Racionalmente, deveria esquecer a maratona. Parar de correr, fazer o trabalho específico e dar tempo ao tempo. Mas, ainda não estou preparado para desistir. Além do trabalho específico que já faço, decidi comprar um Foam Roller.

O Foam Roller é usado antes e depois das atividades físicas em geral, como uma técnica de auto massagem, conhecida como auto liberação miofascial.
Os exercícios específicos de rolamento no Foam Roller tendem a eliminar os “pontos gatilho”, que são como pequenos nós que se desenvolvem na fáscia muscular (tecido conjuntivo que envolve os músculos), tornando nossos músculos mais facilmente treináveis, mais flexíveis, mais fortes e resistentes a lesões.

Foi uma das coisas que o fisioterapeuta recomendou vivamente comprar e usar. Disse-me que qualquer corredor (entre outros tipos de desportistas) deve usar. Na altura não fiz caso, mas agora após alguma pesquisa, decidi comprar.

Só usei duas vezes ainda, e realmente deu para sentir (e bem) a tal tensão muscular que o fisioterapeuta disse que tinha nas pernas. Aquilo doi mesmo acreditem! Precisarei certamente de muitas sessões para sentir menos dor, para dar cabo dos nós que tenho.

Futuro
Não se apresenta risonho quanto à maratona certamente. O mais certo é ter que adiar minha estreia, mas por enquanto ainda não desisti :)

Falta 50 dias...
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domingo, 22 de fevereiro de 2015

Corrida segmentada

Sou um novato nas corridas. Corro nem há dois anos apenas. Nunca fiz uma maratona sequer... Pelo que dar conselhos sobre esta dúvida que me veio à cabeça, é no mínimo prematuro.
Mas como sempre que tenho um duvida.. Eu pesquiso.. Procuro respostas.. Sobretudo quando não tenho experiência pessoal sobre essa mesma dúvida.


Estou a passar uma fase difícil. Uma lesão no joelho que me impede de fazer distâncias superiores a 10kms. A partir dai começo a sentir dores nos joelhos. Por isso, enquanto lido com isto, pensei em maneiras de conseguir fazer os treinos que quero fazer dentro das limitações que tenho. E durante esse processo lembrei-me. Isto é algo que milhares e milhares de atletas precisam. Trabalho, filhos, lesões tudo isto pode impedir-nos de fazer os treinos que temos. Por vezes é impossível termos 2h para fazer um treino longo. Será que há maneira de contornar isto?

Pesquisa...
Certamente existem n artigos na internet sobre este tema. O que li neste artigo da Runnersworld foi suficiente. 

Dividir os treinos longos é uma estratégia usada pelos ultrarunners há muito tempo. Não é só para quem tem pouco tempo disponível ou limitações. Os ultrarunners usam este tipo de treino para estimular pernas cansadas e para acumular distâncias longas sobre um período longo de tempo.
Além disso dividir os treinos longos num dia não só ajuda a cumprir os kms pretendidos para a corrida, mas também pode ajudar a correr melhor (entenda-se com um ritmo melhor, menos esforço e mais kms) ao longo da distância. 

Sempre que vamos acima do que estamos preparados, sentimos fadiga. Ela surge quando as nossas capacidades de endurance diminuem e a nossa forma começa a deteriorar-se. Por exemplo, se somos capazes de correr 10-12kms e decidimos correr 18kms, o mais provável é sentirmos uma quebra algures a partir dos 14kms.
Acho que não importa se conseguimos correr 5kms ou 50kms. Este fenómeno da fadiga vai acontecer sempre. Qualquer atleta tem uma capacidade de sofrimento maior que o normal, e provavelmente até fará os 18kms acima referidos, embora (provavelmente) à custa de dor, sofrimento e até lesões. Ainda hoje eu passei por isso ao correr com dores no joelho. Hoje não só senti dores joelho, como acabei com dores nos glúteos. Pode ser derivado de muita coisa. Usar músculos para compensar outros que estão fatigados ou  lesionados é uma das possibilidades.

Dividir uma corrida em dois segmentos num dia, dá-nos um período de recuperação que nos permite correr o segundo segmento mais frescos, e assim concluir os últimos 30/40% da corrida longa com uma performance melhor e menos fadiga. A Runners World recomenda fazer 60% da corrida no primeiro segmento, de manhã antes do trabalho por exemplo, e os restantes 40% do segundo segmento, ao final da tarde/início da noite.

O resto deste artigo interessantíssimo artigo tem dicas para maratonistas, incluindo um plano de treinos de 20 semanas muito interessante. Mas o objetivo deste artigo era falar sobre a possibilidade de dividirmos uma corrida longa em dois segmentos, pelo que não falarei disso.
Devido ao meu joelho, este treino segmentado pode ser o ideal para conseguir cumprir meus treinos, enquanto lido com a lesão. Não sei como o joelho vai reagir a treinos/corridas bi-diários, mas mesmo que não corra bem, fiquei convencido na mesma. 

Provavelmente a grande maioria dos corredores do tipo Maratonas para cima, já aplica este tipo de treinos. Hoje, após esta pesquisa, fiquei a conhecer também, e vou experimentar.

Boas corridas.
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terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

Exames - Prova esforço

A prova de esforço é um exame não invasivo, que se destina a submeter o coração a um esforço, de maneira a evidenciar sinais ou sintomes não existentes ou minimamente existentes em repouso.
Esta prova está indicada no diagnóstico e avaliação prognóstica da doença conorária, no estudo de arritmias induzidas pelo esforço e na avaliação após revascularização.

Este é um dos exames que qualquer praticante de desporto (então quem corre nem se fala), deve fazer regularmente.
Fiz este exame há umas semanas atrás, mas depois esqueci-me por completo de postar os resultados. Não sendo eu um atleta de alta competição, nem possuindo capacidades para tal, não terá grande interesse postar aqui os resultados. Mas como quero ser um livro aberto nisto, não custa nada partilhar com vocês.

O que interessa aqui é que não foi detetado qualquer problema a este nível.


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Parte 7 - Paragem forçada

Ultimas semanas tem sido complicadas para mim. Muito trabalho por um lado, e problemas com o joelho esquerdo pelo outro. E após várias semanas a acabar treinos a coxear, sem saber o que tinha, esta semana fui em busca de respostas. Respostas que acabaram por me obrigaram a parar meus treinos.


A semana anterior já havia sido complicada. Sabia que não podia continuar assim, só iria agravar meu problema. Tinha agendado uma ecografia e uma consulta com fisioterapeuta, para tentar perceber o que se passava com o meu joelho.


Análise...
Esta semana era a última da Fase II, que tinha o objetivo de aumentar meu ritmo. Por ser a última, era uma semana basicamente de recuperação, com dois treinos a um ritmo confortável, e uma sessão de jogging pelo meio. Como estava mal do joelho nem planeei fazer um treino intervalado.

1º treino - 9km 05:35/05:02
O treino em si não apresentava nada de especial. Fiz-lo na passadeira onde não senti grandes problemas, à parte algumas sensações esquisitas no joelho. Mas como meus problemas sentem-se sobretudo quando corro na estrada, não foi nada demais.

2º treino - 5km 06:00 + 3º treino - 9km 05:35/05:02
Acabei não os fazendo. Após a consulta com o fisioterapeuta, fiquei a saber qual é o meu problema (podem saber mais aqui). Além de trabalho específico que terei que fazer para contornar as limitações que tenho nas zonas circundantes aos joelhos, foi-me recomendado também parar pelo menos uma semana.
Não só foi chato ter que parar, como me impediu de participar na primeira corrida do ano, onde queria ver como estavam as pernas em ambiente competitivo. Hesitei até à ultima entre ir ou não ir, mas acabei por tomar a melhor decisão penso. Haverá mais corridas.

O único ponto positivo de ter que parar, é que permitiu-me descansar um pouco. Aproveitei para pôr o sono um pouco em dia. Além disso fico um pouco aliviado por ter sido numa semana de recuperação, pelo que não perdi assim tanto. Claro que isto de nada vale se quando retomar os treinos (será hoje mesmo) continuar a sentir os mesmos problemas.

Próximos tempos...
Procurei não perder tempo com a lesão. Como sabem comecei há poucas semanas a investir mais em treinos de reforço muscular e elasticidade/flexibilidade. Ao saber ao certo o que tinha, investi ainda mais nesses treinos. Apesar de tudo estou motivado para fazer o que posso para ultrapassar esta lesão.
Embora tente não pensar nisso, obviamente estou preocupado com a possibilidade de não poder fazer a Maratona. Começo a pensar que as horas/kms que estou a fazer por semana possam ser insuficientes para fazer uma Maratona em 4/5h, pelo que andava a "namorar" a ideia de fazer não quatro, mas cinco a seis treinos por semana. Dois de manhã e quatro durante o dia. Mas com este problema, tudoisso caiu para segundo plano.
Hoje farei uma sessão de jogging, mas o verdadeiro teste será, amanhã, quando correr na estrada. Tento manter uma atitude positiva o tempo todo, mas a probabilidade de continuar com o mesmo problema é grande. O fisioterapeuta recomendou parar uma a duas semanas. Eu parei uma apenas, pelo que pode ser pouco. Vamos ver...

Desejem-me sorte :)

Faltam 60 dias...
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domingo, 15 de fevereiro de 2015

A lesão

As lesões fazem parte da vida de qualquer atleta. Seja ele profissional ou amador. A grande diferença entre ambos é que o profissional tem acompanhamento, enquanto a maioria dos amadores só conta consigo mesmo. Isso faz toda a diferença nestas coisas, e desta vez tocou a mim.

Se tudo estivesse a correr como planeado, estaria agora a recuperar da primeira corrida do ano. Mas tal não aconteceu. Tive mesmo que deixar passar esta prova. Que se passou?
Procura pela causa dos problemas no joelho

Como sabem tenho tido problemas com o joelho esquerdo. Sempre que faço um treino na estrada, ou sinto problemas durante a corrida e fico meio coxo no fim, ou quando termino, à medida que vou arrefecendo o joelho piora e lá fico meio coxo na mesma. Com gelo, Voltaren e alongamentos em menos de dois dias fico bem.
Obviamente andar assim não é solução, pelo que esta semana fiz um exame e uma consulta de fisioterapia. O exame foi uma ecografia ao joelho. Resultado foi nulo. Não foi detetado Cisto de Baker ou qualquer outra tipo de lesão. Estava lançada a duvida.
No mesmo dia fui a um fisioterapeuta na Clinica TrataPé. Fez-me um exame completo e no que toca a ligamentos ou menisco não viu qualquer problema. No entanto, conseguiu identificar a raiz do problema. Infelizmente não consigo lembrar 1% dos termos técnicos usou, mas meu problema aparenta ser uma conjugação de factores:
  • Pouca flexibilidade nas pernas.
  • Musculos muito tensos, sobretudo nos gémeos e parte de trás das coisas. 
  • Rótula ligeiramente para fora (bem que me diziam ao longo dos anos que meus joelhos não tinham um aspeto normal). Até ficou admirado por não ter dores numa zona em partiuclar do joelho. Por ventura a causa principal dos meus problemas vem daqui, o resto vem atrás.
  • Musculos pouco desenvolvidos em duas zonas das pernas, creio que o vasto interno (quadriceps) e os isquiotibiais na parte de trás da coxa.
Solução definitiva? Parece não haver. Pelo menos enquanto correr, terei que fazer um trabalho continuo de reforço muscular, flexibilidade, elasticidade e também receber massagens regulares para reduzir a tensão muscular.

Recomendou alguns exercicios para aumentar minha flexibilidade, bem como exercícios para atacar aquelas zonas musculares quee suportam o joelho. Além disso deu a entender que se calhar devia deixar-me disto das corridas. Mas isso não é solução para o meu problema. Não vou desistir sem dar luta.



E agora...

Hoje, 15 de Fevereiro de 2015, devia ter sido a minha primeira prova do ano. Entrei na semana entusiasmado, para ver o que meus treinos me iam proporcionar numa corrida a sério. O fisioterapeuta recomendou parar uma a duas semanas. Já só tinha treinado uma vez durante a semana toda, e hesitei até ao ultimo momento entre ir ou não ir. Optei por não ir. Como podem imaginar, foi uma decisão que custou a tomar.

Custa não estar a por kms nas pernas, quando tenho a Maratona a apenas dois meses de distância. Próxima semana marca o arranque da fase de aumentar o volume, e fazer mais kms em cada treino. O não estar a treinar e o não saber quando estarei em condições de conseguir fazer um treino sem acabar a coxear, apoquentam minha mente. Por não saber quando ficarei apto a treinar normalmente, a própria participação na Maratona da Corunha está em risco, outra coisa que não quero mesmo que aconteça.
Não perdi tempo no entanto! Esta semana fiz quatro treinos de pernas. Dois de flexibilidade/elasticidade e dois de reforço muscular. Ontem por exemplo, comecei a fazer exercícios de pernas que não fazia desde os tempos do CrossFit. Não fiz cargas exageradas, mas ainda agora tenho as pernas a fazer-me sentir, que lhes exigi esforços a que já não estavam habituados. Sempre que dámos estimulos diferentes aos nossos músculos, eles ressentem-se, por isso convém mesmo entrar com calma em modalidades/exercícios diferentes.

Próxima 3ª feira marcará uma semana desde que corri pela ultima vez. Tentarei correr para ver como me sinto. Comprei uma proteção para o joelho que sinceramente penso ser mais adequada para proteção de ligamentos. Vamos ver como me adapto a ter um objeto estranho no joelho (nunca corri com nada disto), e sobretudo se ajuda um pouco que seja.


Paralelamente irei investir cada vez mais nos treinos de pernas e em aulas de cycling. Apesar de ser uma modalidade diferente, também trabalha a parte cardiovascular. Quero tentar minimizar ao máximo as perdas que tenho ao não treinar normalmente.

E pronto, agora sabem o que passou esta semana com os exames que fiz, e qual o meu estado de espírito no momento. Chateado.. peso na consciência por não estar a treinar.. preocupado.. frustrado.. mas disposto a não desistir. 
O objetivo deste blog é partilhar tudo o que tenha a ver com a preparação para a Maratona, seja bom ou mau. Espero que o destino não seja engraçado, ao ponto de o fim desta viagem, não culminar com a participação na Maratona.

Boa semana para vocês.
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quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

Parte 6 - Semana dificil...

O tempo realmente passa a voar. Do nada já passaram 5 semanas desde que criei este blog, e comecei a documentar minha jornada até ao dia 19 de Abril. Vindo de uma semana que culminou com um record pessoal melhorado, as expetativas até eram boas. Infelizmente acabaram saindo goradas .


Estando na reta final da fase II do meu plano, esta semana era uma continuidade em relação às anteriores. Unica diferença é que iria fazer primeiro treino intervalado do plano.



Entrei no primeiro dia da semana  a coxear de novo, no joelho esquerdo. Após ter melhorado minha marca pessoal aos 10 kms no dia anterior. Parece que entrei numa rotina. Treino longo da semana acaba sempre comigo a coxear ligeiramente. 
Tenho dividido as corridas entre o ginásio e a rua, e notei que meus problemas surgem sobretudo na estrada. Além do gelo e Voltaren, tratei logo de fazer um treino de flexibilidade e alongamentos que me resolveu (ou melhor.. remediou) o problema. 
Porque continuo a correr estando assim? Já falarei disso...

Análise...
1º treino - 9km 04:44/04:35
Treino semelhante a outros do género que já fiz. Corri na passadeira e no geral foi dentro do que tem sido ultimamente.
2º treino - 11 x 100m 
Muitos diram (e eu concordo com eles), que é uma estupidez e um perigo fazer treinos como este numa passadeira.  A ideia era fazer 10 séries de 100m, com cada 100m a ser percorridos em 16/17s. Nada muito puxado. Como ando a fugir do frio e tenho saido do trabalho tarde, optei por fazer na passadeira. Foi um treino curto e fácil.

3º treino - 9km 04:44/04:34
Treino em tudo igual ao primeiro da semana, novamente para aumentar meu ritmo de corrida. Optei por manter um ritmo mais constante.
4º treino - 18km 05:35/05:03
Este treino apresentava o dobro da distância dos anteriores, mas ao invés de ser do tipo Ritmo, era do tipo Confortável. A ideia era fazer a distância sem grandes exageros. Já tinha feito este treino há 2 semanas atrás. Na altura, tive algumas dificuldades em entrar no ritmo pretendido, mas lá consegui acabar em bom nível. Unico ponto negativo foi o joelho.
As condições em que fiz este treino estiveram longe de ser as ideais. Resumindo um pouco a história que contei aqui, iniciei o treino por volta das 15:30 de Domingo. Após uma semana de muito trabalho. 5ª e 6ª feira 10h30 na empresa. Sábado mais 12h de trabalho . E por fim, Domingo mais 6h de trabalho. Dizer que estava cansado é dizer pouco... Meu corpo implorava por descanso! Não lhe dei ouvidos e fiz o treino na mesma.
No plano tinha 18kms para fazer, mas pretender cumprir pelo menos, a distância de uma meia maratona. Infelizmente e como temia, o treino correu mal. Sentia cansaço nas pernas, falta de energia, batimentos cardiacos mais altos que o normal e logo desde os primeiros kms, alguns problemas no joelho esquerdo. Decidi então não puxar e deixar-me ir a um ritmo bem confortável. Tive algumas dores musculares perfeitamente suportáveis, mas o que me chateou/incomodou mesmo foi o joelho.
Como não me sentia bem, mal acabei os 18kms, decidi parar e ir o resto do caminho a pé para casa. Alonguei bem e meu Domingo terminou a descansar um pouco em casa.

Perigos que corro...
Algo está errado com meu joelho obviamente. Deveria parar, saber o que é, e resolver o problema. A verdade é que sempre que corro na estrada acabo com problemas na parte de trás do joelho, que só deixo de sentir por completo em média 1 a 2 dias depois. Naturalmente não posso continuar assim, pois arrisco uma lesão bem pior.
Esta semana vou fazer a ecografia e vou a um fisioterapeuta fazer um check-up. Espero sinceramente que este exame e consulta me digam o que tenho, e como o resolver.

Porque continuo a treinar?
Há falta de outra explicação melhor.. eu diria por burrice/teimosia mesmo.. Sei que ao parar vou prejudicar ainda mais a minha preparação, pelo que ando a tentar evitar isso. Mas esse mal é muito menor, comparado com a possibilidade de agravar ainda mais a lesão.
Mas já decidi. Irei fazer o que o exame e fisioterapeuta ditarem. Se tiver que parar páro! E depois logo vejo o que fazer. Isso é certo!

Frustrante
Lesões fazem parte da vida de qualquer desportista.. Seja ele profissional ou amador como eu. Tem uma caraterísticas que vejo nos atletas, que considero ao mesmo tempo boa e má. Falo da capacidade e resistência à dor e sofrimento. Estamos habituados (obviamente uns mais que outros) a sofrer mais que o normal. E como tal para pararmos é preciso mais que uma simples "dorzinha". Revejo-me nesse perfil.
É certo que uns atletas são mais saudáveis que outros. Enquanto uns raramente estão lesionados, outros tem mais facilidade ou propensão em ter problemas. Faço parte do segundo lote.

Por norma no Inverno fico algumas vezes doente. Há um ano atrás por exemplo, foram 2/3 gripes daqueles, várias vezes constipado, etc. Atrapalhou-me imenso a preparação. Enquanto outros estavam a fazer kms, eu andava doente. Este ano, e pelo menos até hoje, ainda não estive doente. Nem constipações, nem gripes nem nada. Teria que voltar muitos anos atrás no tempo para conseguir recordar um ano em que não tenha estado doente. Fiz bem em não treinar à chuva e ao frio. Sei que sou mais frágil nesse aspeto, pelo que o melhor é não sujeitar-me a isso.
O facto de não ter estado doente seria por si só uma notícia excelente, e uma melhoria considerável. Mas claramente o meu joelho não quis saber disso, e estou aqui sem saber ao certo o que tenho e se vou conseguir resolver ou não. É frustrante... mas não posso deixar que me afete.. Faz parte de quem pratica este desporto.. e sobretudo.. faz parte da vida.. todos envelhecemos.. e com a idade estas coisas surgem com mais frequência. Toda a minha vida fiz desporto, joguei futebol.. andebol.. e nunca tive nada nos joelhos.. até agora.
Além de lidar com as duvidas sobre a minha preparação.. "será que é suficiente para conseguir fazer a maratona..." , "será que estou a fazer poucos kms por semana...", "será que devia fazer mais volume...", são algumas das questões que me apoquentam. E agora isto. Não saber o que tenho, se é grave, e sobretudo se tem solução ou não, é chato. Mas como já disse, acho que faz parte da coisa. Há que ter atitude positiva.

Mas nada de lamechices.. é ver que novidades este final de semana vai trazer, e tratar de resolver da melhora maneira os problemas que surgirem. Haverá outras maratonas...

Um bom resto de semana para vocês.

Faltam (espero) 73 dias...
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segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

Podologia - Exame a fazer

Podologia é a ciência na área da saúde, especializada na investigação, prevenção, diagnóstico e tratamento das alterações que afectam o pé e as suas repercussões no organismo humano, sendo o Podologista ou Podiatra o profissional de saúde devidamente habilitado para
o tratamento das patologias do pé.

A podologia é uma área da saúde que  sinceramente não conhecia em grande detalhe.
Sabia que existia algo virado para os pés, mas só me lembro de ter recorrido a esta área da saúde uma vez, sem fazer ideia sobre o que era isto da passada neutra, supinadora ou pronadora. 
Há umas semanas atrás, enquanto comentava com um amigo sobre os problemas que ando a ter com meu joelho esquerdo, falou-me de um novo centro de avaliação e apoio podológico para desportistas, que ainda por cima estava com uma campanha, em que ofereciam a avaliação inicial. 
Obviamente, não deixei passar a oportunidade. 

Entrei em contato com a TrataPé, para marcar a consulta e lá fui no dia marcado. Pediram-me para levar equipamento desportivo usual (calções mandatório), e sobretudo o calçado com que costumo correr. Logo ai meti os pés pelas mãos porque levei apenas as Lunarglide 6 que comprei recentemente. Devia ter levado as minhas sapatilhas de trail também para verem quais servem para a minha passada, e sobretudo, as minhas Lunarglide 4 que "reformei" recentemente. Para confirmarem que tipo de passada tenho. 
Fica a dica para quem ainda não fez este tipo de exame.

Que examinaram...
Como foi gratuito não tive direito a receber
uma pasta com todos os exames efetuados,
bem como cópia do vídeo de mim mesmo a
correr. Tive ao menos direito a este gráfico,
que mostra o resultado de um dos exames que
fiz. Como podem ver, é muito high-tec

A médica especializada em Podologia ouviu o meu historial de corredor, quantos kms corro por semana, que tipo de corridas faço. Perguntou também que calçado uso nas corridas, e outras questões usuais neste tipo de exames.
O primeiro exame foi para determinar meu tipo de passada. Eu sabia que era pronador, não sabia é que era pronador avançado no pé esquerdo (possivelmente meu problema com o joelho vem daqui). Também deu para verificar que minha planta do pé não faz aquela curva que é suposto fazer. Quando era criança, usei durante cerca de um ano e meio, umas botas de correção muito pesadas. Estas botas serviam para corrigir a posição dos meus joelhos, que estavam viradas para dentro, e para corrigir meus pés ao nível da planta, pois não faziam aquela "covinha" na planta do pé. Nos joelhos parece o problema ficou resolvido, já a planta do pé não. Sempre tive problemas de equilíbrio, agora sei porquê.
Depois passei para a passadeira onde pude ver como é a minha passada a correr, através de um LCD onde conseguia ver meus pés em tempo real.
Enquanto no pé direito, apesar de pronador, conseguia ter uma passada minimamente normal, com todos os dedos a entrar em contacto (passe a expressão) com o chão, no esquerdo só o dedo grande do pé entrava em contacto. Mesmo usando sapatilhas para pronador, elas não conseguiam corrigir minha pronação no pé esquerdo. 
Depois a médica examinou meus joelhos, para verificar se roçavam um no outro. Pelo menos tudo ok.

Recomendação final...
Isto de ser pronador avançado não é bom a meu ver. E tudo aponta para que seja a causa dos meus problemas com os joelhos. E se não usar calçado apropriado, vou continuar a ter problemas no futuro. A recomendação da Doutora foi de usar palmilhas feitas à medida do meu pé, e/ou sapatilhas vocacionadas para pronadores avançados. Sapatilhas com maior rigidez lateral.
Recordando o que senti quando experimentei em alturas separadas as Nike Zoom Fly 18 e as Nike Lunarglide 6, as Zoom Fly pareceram-me mais rigidas, embora mais pesadas.
Decidi então encostar e colocar as Nike à venda no Olx. Se alguém estiver interessado o link é este.

Gostei do atendimento, da simpatia e do profissionalismo dos especialistas que me receberam. Para quem planeia meter-se nas corridas, ou mesmo para praticantes, acho que este é um dos exames que devemos fazer. Não só ficamos a saber se temos problemas, como ficamos a saber como os podemos resolver. Isto pode evitar por exemplo, que gastem dinheiro em sapatilhas que não são as mais indicadas para o vosso tipo de passada. Embora não tenha tido culpa, involuntariamente acabei cometendo esse erro.
Este centro tem todo o equipamento necessário para fazer estes exames, bem como os meios humanos e técnicos para fazer tratamentos a tudo que tenha a ver com os nossos pés. Além disso é um centro direcionado para os desportistas, o que pode ser ainda mais benéfico para nós.

Se tiverem na vossa zona de residência um centro como este, não hesitem em fazer uma avaliação aos vossos pés. Os problemas que o uso de calçado desapropriado pode ter, podem a longo prazo, ser irremediáveis.

Fica a dica.
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Motivação para correr

Este blog é muito recente. É pouco conhecido e naturalmente ainda (espero) tem poucos seguidores, pelo que não espero que este artigo chegue a muitos atletas.
Mas tenho esperança que no futuro não seja assim. E se de entre os colegas que lerem este artigo, houve um que seja que se reveja aqui, óptimo!


Traçar objetivos
Cada vez mais estou convencido que ao estabelecer objetivos.. ao estabelecer metas.. estámos a fazer muito pela nossa motivação. É uma daquelas coisas que li e ouvi várias vezes. Mas também me parece ser daquelas coisas que só acreditámos mesmo, quando as sentimos na pele. Esta semana tive mais um exemplo nesse sentido.
Como já disse anteriormente, estou a passar um período em que tem sido sobretudo trabalhar.. comer.. treinar quando pode.. e dormir o possível. Não tenho tido tempo para descansar e sinto no corpo e pernas esse cansaço acumulado. Um cansaço que não me parece vir do treino em si, mas da combinação de muito trabalho e pouco descanso. Até tempo e disposição para escrever artigos que tinha planeado me tem faltado.

Na passada 5ª feira trabalhei cerca de 10h30. Um projeto importante na empresa. Sai perto das 20:00.. cansado.. fisica e mentalmente. Nesse dia não estava planeado correr, pelo que tive que decidir se ia ao ginásio ou não. Optei por ir direto para casa.
Dia seguinte tudo igual. Nova maratona na empresa. Novamente a sair por volta das 20:00.. talvez ainda mais fatigado que no dia anterior. A diferença é que era dia de correr. E desta vez minha decisão foi diferente. Optei por correr. Como estava muito frio, optei por recorrer a uma passadeira no ginásio.

A história não acaba aqui...
No dia seguinte, nova jornada de trabalho. De novo na empresa, onde entrei por volta da 08:30 e sai perto das 15:00, já atrasado para uma Associação onde colaboro, de onde só sai perto das 21:00.
Domingo de manhã de novo na Associação a trabalhar, onde neste preciso momento aproveito uma pausa para escrever este artigo.

Tudo isto para dizer o quê...
Em primeiro lugar não quero passar a imagem de um coitadinho ou desgraçadinho. A vida é assim mesmo! Trabalho é trabalho... mais vale ter muito que nenhum!
A mensagem que eu gostaria de passar é esta:

Hoje é Domingo, dia 6 de Fevereiro de 2015. São 14:10 e devo sair da Associação daqui a uns 30min. Desde o ínicio do ano tive apenas um dia livre. Apenas um dia sem trabalhar. Estou cansado.. durmo pouco.. doi-me as pernas.. as costas.. e só me apetece almoçar.. descansar e não fazer mais nada o resto do dia.. 
Mas hoje é dia de treino! Por sinal o mais longo da semana (como sempre são os treinos de Domingo), com 18kms. E que vou fazer? Correr!! O merecido descanso terá que esperar mais 2 horas. Vai custar de certeza, mas tudo farei para conseguir fazer os 18 kms.

Muito dificilmente faria isto noutra altura qualquer. E pergunto-me de onde vem esta motivação.. Sinto que é sobretudo uma questão de consciêmcia. Não ganho nada com isto.. Quanto muito mais cansaço.. e talvez mais um pouco de preparação (assim o espero). Por outro lado sei perfeitamente que existem milhares de atletas que fazem estes sacrifícios e muitos mais. Mas como é óbvio, estou a falar apenas de mim.

Conclusão
Desde que iniciei a minha preparação, aindan ão falhei um treino que tivesse planeado fazer. Por mais cansado que estivesse. A motivação tem sido fundamental nisso. Ter uma cruz no calendário para o dia da prova.. ter um plano de treinos para seguir.. mais a consciência que já falei.. isto tudo junto, tem ajudado imenso na minha motivação.. tem ajudado a não falhar objetivos traçados.. tem ajudado a não deixar para amanhã o que era suposto fazer hoje.
Por isso, a mensagem que quero passar é simples. Sempre que possível tracem objetivos ambiciosos. Algo que vai exigir mais de vocês. Algo que vos cative e puxe. Acredito que vos ajudará imenso a conseguir treinar, sobretudo naqueles dias em que vos apetece tudo menos isso.

Um abraço para todos.
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segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

Parte 5 - Record pessoal aos 10 kms

Mais uma semana de treinos com um final de certo modo inesperado. A semana passada revelou-se a mais dura até então. Culminando numa lesão no joelho esquerdo, a qual ainda ando em exames a ver o que se passa.


Esta semana no papel era mais fácil, com dois treinos do tipo Rápido com 9kms a um ritmo entre 04:44 e 04:30, e pelo meio, uma sessão de jogging de 30min apenas. Com o cansaço ainda nas pernas devido a muito trabalho e pouco descanso, não fiz nenhum cárdio extra como costumo fazer, pelo que acabei fazendo não uma, mas sim duas sessões de jogging, totalizando então 4 treinos.


O inicio da semana foi um pouco complicado. Fiz uma prova de esforço (que ainda vou falar), fui a um especialista de Pedologia e tentei recuperar da lesão do joelho, tendo feito dois treinos de alongamentos e melhoria flexibilidade e um treino de reforço muscular.

Análise...
1º treino - 9km 04:44/04:30 
Treino igual ao que fiz na semana anterior, feito na passadeira. Nada de especial a reportar.
2º e 3º treino - 5km 06:00 
Como não fiz cárdio extra (por exemplo, cycling) decidi fazer mais uma sessão de jogging. Embora seja uma distância e ritmos perfeitamente acessíveis, não deixei de sentir algum cansaço.
4º e 3º treino - 10km 04:15
Este inicio de ano está a ser um pouco complicado para mim. Não só tenho um emprego de 2ª a 6ª, como tenho um biscate que me ocupa pelo menos metades dos fins de semana. Isto faz com que o tempo para descansar seja pouco, e isso é algo que tenho vindo a sentir ultimamente.
No Domingo de manhã tive a trabalhar nesse biscate e mal acabou, fui a casa equipar-me (por volta da hora do almoço) e lá parti para o treino.
O treino era suposto ser exatamente igual ao primeiro da semana. Um treino rápido de 9km com um ritmo entre 04:44 e 04:30. Estava animado pois ia estrear umas sapatilhas novas. Como estava frio, resolvi prolongar um pouco o período de aquecimento, tendo feito ao todo cerca de 3kms. 
Começo então o treino propriamente dito a um bom ritmo. Primeiro km efetuado e o parcial acusa 04:29min/km. O segundo 04:19min/km e o terceiro 04:18min/km. As sensações estavam a ser boas e decido puxar um pouco mais. Parcial seguinte dá 04:05min/km. Logo ali comecei a ser invadido por aquele espirítio próprio de quem gosta de desafios e decidi não fazer os 9kms previstos, mas tentar ver o que conseguia fazer aos 10kms. O percurso que eu estava a fazer, cada volta rondava os 3kms, pelo que teve pelo menos três voltas. Como minha mente já estava em modo de competição, tratei de tratar o percurso de igual modo. Como sabem quando apanho subidas minhas pulsações sobem bastante, pelo que procurei gerir meu esforço quando passava por essa subida. Tentava perder mínimo ritmo possível, recuperar um pouco a seguir, e depois puxar de novo no caminho de volta. 
Os parciais seguintes já não foram tão bons. 04:18 min/km, 04:20min/km e 04:10min/km. Estámos agora no km 8. Como já disse algumas vezes, tenho procurado mudar meus treinos de modo a ir ao encontro do que os experts recomendam. Começar mais soft.. deixar as pulsações estabilizar.. depois rolar no ritmo pretendido.. e nos kms finais atacar se possível. Tentei fazer isso! Mas custou. A cerca de 1.5kms do fim, comecei a ter dificuldades em manter o ritmo. Mas não desisti. Entro então no km 9 e tenho puxar um pouco mais. Ia no meu limite! A 99.9% do que podia. Confesso que esperava um parcial melhor. Fiz o ultimo km em 04:05min/km. 
A diferença em relação ao parcial que fiz no km 4, é que agora estava completamente no limite, enquanto no km 4 ia relativamente confortável.
Resultado final? Melhorei minha marca pessoal aos 10kms. Fiz 00:42:30, retirei cerca de 15s. Fiquei animado com o que aconteceu, mas ao mesmo tempo penso nos 02min30s, que me separam dos 40min, e penso no que ainda tenho que depenar. Por outro lado não posso deixar de pensar que consegui melhorar meu melhor tempo sozinho, sem ninguém a puxar por mim, pelo que posso pensar com legitimidade que se calhar numa prova faria ainda melhor. Por outro lado o tempo estava perfeito para mim. Quando chove o ar fica limpo, e ai minhas limitações da asma sentem-se menos.
Em termos práticos só tenho que conseguir fazer cada km 15s (em média) mais rápido do que fiz neste treino. Falta é conseguir isso! Espero que as séries que vou começar esta semana me ajudem nesse sentido.

  

Se mais provas precisassem em relação ao que digo das minhas pulsações, aqui estão elas. Sempre lá em cima. O meu objetivo a curto prazo é por um lado aproximar-me e se possível bater a barreira dos 40min aos 10 kms, e por outro conseguir fazê-lo à custa de menos combustível.. Como podem ver, o meu motor é um borrachão 'do caraças'.  
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