quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

2º Trail da Franqueira - Rescaldo

O passado dia 21 de Fevereiro, marcou o meu regresso aos Trails, participando pela primeira vez no Trail da Franqueira, com a distância prevista de 24kms. Acabou sendo um pouco mais que isso, num regresso que custou claro, mas acima de tudo, que me soube muito bem.


Meu último trail não acabou bem. Uma queda estupida, originou sete pontos no antebraço, e uma paragem que travou a lenta melhoria de forma que estava a ter até então. Após tirar os pontos, voltei lentamente aos treinos.
Não partilhei com vocês, mas no final de Janeiro, fiz um treino de trail, com malta dos Fama Runners. Foramm cerca de 15, que muito me custaram a fazer. A forma era péssima. Mas deu o mote para eu ganhar a motivação necessária, para passar treinar mais. Quase de imediato, inscrevi-me em algumas provas, e a motivação logo surgiu.
Semana após semana, fui aumentando o tempo de corrida no treino longo da semana, à razão de 10min por semana. O último teve a duração de 90min. 

No entanto, sabia que não tinha preparação para um trail de 24kms. Devia ter ido para o de 17kms! Mas tudo em mim, dizia para fazer o de 24kms, e assim foi. A teimosia venceu a razão.

A zona de Barcelos e arredores é mesmo assim. Não existem zonas planas. Sendo apenas meu 2º Trail de sempre com uma distância superior a 20 kms, não sou a pessoa mais indicada para dizer se para a distância, era uma prova muito díficil ou não. No papel achei o Trail de Santa Catarina mais difícil que este, apesar de ser uma distância menor. 
Como sempre, tentei não pensar no que iria acontecer. Acho que não faz bem antecipar este tipo de coisas. Facilmente podemos pensar que vamos sofrer muito, que vai custar, etc. E isso não traz nada de bom, a meu ver. Por isso tento sempre ter a cabeça limpa, e não pensar muito na coisa.

Como foi a prova?
Ciente da preparação que tinha, minha estratégia era clara. Fazer o trail com muita calma, sem forçar nunca, com o único objetivo de chegar ao fim. E assim o fiz. Fomos surpreendidos por um dia lindo, e bastante quente para altura do ano. Estava perfeito para a prática de desportos ao ar livre. 
Comecei então a prova dentro da estratégia que defini, partindo na parte de trás do poletão, e deixando-me rolar com calma sem nunca forçar. E assim foi até pouco depois do primeiro reforço, perto do km 7, onde uma sucessão de eventos levou a que eu, e os outros membros do grupo em que eu estava inserido  (ou parte deles como já irão perceber), fizesse mais 5kms do que era suposto.

Sabem como é nestas coisas. Quando se forma um grupo, por norma vamos atrás de quem vai à nossa frente, sem prestar a atenção devida ao percurso. Saimos do 1º reforço, e quem foi à frente deve ter tomado a direção errada, e nós fomos atrás. Entramos novamente no monte e deixámos de ver fitas. E logo começamos a ter dúvidas, até que um betetista (apanhamos muitos) nos diz para irmos em frente, pois tinham visto atletas mais à frente. Fomos em frente, até que chegamos a um cruzamento, com uma sáida à esquerda, e outra à direita. O problema é que havia fitas para ambas as saidas. Conversa entre o grupo, e optamos pelo lado esquerdo, até que chegamos a um ponto de separação, com placas para Trail Curto e Caminhada. Placa para trail longo nada! E aqui começa a confusão.
O elemento do staff da organização presente nesse local, não nos consegue ajudar. Peço para ele ligar para a organização. Não atendem. Até que nos manda para trás. Voltamos para trás, a apanhar pelo caminho pessoal da Caminhada/Trail Curto, até que passamos novamente no tal cruzamento que falei anteriormente, onde seguimos pelo lado direito. 
E foi ai que entrámos num jogo de ping-pong, pois encontrámos mais elementos do staff que não souberem indicar-nos a direção correta. Ora voltávamos de onde vinhamos, ora davamos meia volta. Uma confusão tremenda!
E assim andámos, até que um elemento "vassoura" da organização, nos indicar o caminho certo. Caminho certo, que afinal era o que tinhamos escolhido inicialmente (irónico não?). Tudo isto à custa de 5kms extra, e sabe-se lá quanto tempo perdido. O caminho certo para nós, era o mesmo do Trail Curto! 

E foi nestes dois items que a organização naõ esteve perfeita. Staff sem estar devidamente informado, e falta de placas a indicar a direção para o Trail Longo. Só na 3ª vez que apanhei uma placa a indicar Trail Curto, é que tinha ao lado essa placa, outra a indicar Trail Longo. A partir dai não tivemos mais problemas do género.

Pelos vistos o cruzamento onde tinha fitas para ambos os lados, era zona de passagem no início e fim do trail, dai a confusão gerada.
Inicialmente eramos um grupo com mais de 10 pessoas. Depois daquela peripécia, uns optaram por continuar no Trail Curto, e outros optaram por continuar no Trail Longo. Para mim foi uma decisão fácil. Insensata talvez, mas fácil. Eu vim para fazer o Trail Longo, e é isso que eu vou fazer, Foi mais ou menos este o meu mind-set na altura.assim o fiz.

Com os kms o nosso grupo foi ficando mais curto, até que ficamos quatro elementos. Dois homens e duas mulheres. Dos quatro, eu era o que tinha o pior ritmo. Resguardei-me muito. Nas subidas mais longas ficava um pouco para trás, e nas descidas recuperava.
Não posso deixar de realção o andamento das mulheres que nos acompanhavam. Sobretudo uma delas. Não tinha um ritmo muito rápido, mas fosse a subir ou descer, ela não parava de correr. Fazia tudo com uma facilidade impressionante. Nunca a vi ofegante, o que é deveras impressionante. Acabou sendo a minha lebre principal até ao fim da prova.
É uma das belezas deste tipo de eventos. Do nada formou-se ali um pequeno grupo, com pessoas que se calhar nunca mais se vão ver. Mas que durante aqueles 29 kms, estiveram sempre juntos, riram, conversaram, esperaram pelo que vinha atrás. Uma camaradagem muito saudável.

Quando chegámos ao reforço grande do Trail Longo, perguntei em que km estavamos. Foi-me dito que estavamos no km 13. Como eu e o outro elemento masculino do nosso grupo de quatro, tinhamos 14.5kms no relógio, presumimos que estavamos com 1.5kms a mais. Como mais tarde pude confirmar, isso não era verdade. Afinal eram 5kms.

O resto da prova, foi sem surpresas, com nós os quatro quase sempre juntos. Por vezes um ou dois elementos do grupo adiantavam-se, e pouco depois os que ficavam para trás recuperavam e vice-versa. Quanto ao menino, eu diria que 70% do tempo ia em ultimo.

E essas sensações
Tenho sentido alguns problemas no joelho direito. Supostamente o joelho com menos problemas. Pelos sintomas (dor ao longo da face externa do joelho), parece ser o Joelho do Corredor, questão que falei aqui
Na semana anterior à prova, comecei a usar um novo set de palmilhas personalizadas. O processo de adaptação  demora sempre o seu tempo, até o corpo se habituar (assim o espero) às palmilhas. O
Passei o dia anterior à prova, com algumas dores nessa zona. A decisão sensata seria não participar na prova. Mas fui teimoso! Fiz um tratamento em casa, à base de gelo + pano quente + Voltaren, e o que é certo é no dia da prova, acordei sem dores nos joelhos. Restava saber até quando!

Comecei a sentir tensão muscular nas pernas, ali pelo km 10. Uma tensão nos músculos acima dos joelhos. No resto da prova, senti dores em sítios diferentes dos joelhos, que com o tempo foram passando. O que foi constante até ao fim, foi aquela tensão mesmo por cima dos joelhos, e também atrás, mesmo abaixo do joelho. 
Cheguei a ter pensamentos do tipo "coitadinho de mim.. sempre com dores.. que me..", mas logo os afastei! De que adianta isso??

Fiz um grande esforço por me manter naquele grupo! Como disse, anteriormente, eu era o elemento  com pior ritmo/preparação, dai andar quase sempre na cauda. Senti-me motivado, em lutar por me manter naquele grupo.
Só pensava na sensação que sabia que ia ter quando acabasse a prova, e claro na Coca-Cola que me esperava. Cada um tem a sua mania, a minha é mesmo a Coca-Cola. É a única coisa que quero no fim de uma prova destas. Quanto maior o esforço, maior a vontade a beber.

Também aqui a experiência que começo a ter, está a ajudar. O cansaço foi-se instalando, as forças a ir, as dores sempre lá, o tempo a passar e o final da prova a não chegar. Tudo isto pode fazer-nos vacilar, e com isso levar-nos a desesperar. Tive meus momentos claro, mas no geral consegui manter-me calmo. Uma altura cheguei a parar de perseguir meu grupo. Nem 5s depois estava novamente a correr.


Ainda não passei a prova do meu Garmin para o PC, mas esta foto serve. Tempo de prova no meu relógio de 03h42min, com a distância de 29,08kms. Pela organização deu 03:46:31,85. Parte deste gap a a culpa é minha. Parei o relógio duas ou três vezes. Erro meu. Mesmo parado, o relógio tem que continuar a contar.

Pós-prova
Fiquei estourado claro. Só por uma vez corri mais que 29kms. Na altura foram 30kms, em outro trail, curiosamente na mesma zona deste. Lembro-me de nesses 30kms, ter sofrido ainda mais, pelo que nem tudo foi mau, desta vez. Estive 1h30 a aplicar gelo e panos quentes em ambos os joelhos. Como não me doía a parte exterior do joelho, não fiz nada ai. Erro crasso! Dia seguinte,  acordei mal. Muito cansado, dorido, e com dores no joelho direito. Um Voltaren durante a manhã, e surpreendentemente a meio do dia passei a sentir-me muito melhor. Cansado, mas sem dores de maior. 
No final do dia, treino de recuperação no ginásio, com especial incidência nas pernas. Chegando a casa foi jantar e caminha cedo. A idade não perdoa a ninguém. Sinto que meu corpo demora mais tempo a recuperar que dantes. Por isso, os dois primeiros dias pós-prova são para ser levados a sério, no que toca à recuperação. Não se pode facilitar.

A organização
Não obstante os problemas que tivemos, que nos levaram a fazer mais 5kms que o suposto, não posso deixar de elogiar a organização, a Experenciacar.  Foi apenas o 2º Trail da Franqueira, e é normal que nem tudo sai a 100%. 
O que posso dizer, é que independentemente do sucedido, só tenho a falar bem da prova. Bons reforços, trilhos difíceis qb, e muito bem recebidos. Cada vez mais, prefiro as provas fora das grandes cidades. Acho que tudo é melhor, sobretudo na componente humana. Paga-se menos, e recebe-se muito mais.
Já tive oportunidade de trocar impressões com um dos elementos da organização, a respeito do sucedido. A simpatia e humildade revelada, é de enaltecer, e vai ao encontro do que disse anteriormente. 
A celeridade com que colocaram tempos, fotos e agradecimentos, mostra que levam o que fazem mesmo a sério.

Este trail, é o primeiro de três que fazem parte do Troféu Bravery. A 2ª prova, será o Trail Expedição ao S. Gonçalo a 3 de Julho, e o Trail da Guarita a 9 de Outubro. Da minha parte, espero poder estar presente. Quanto a vocês, se puderem participar, não hesitem! Acreditem que vão gostar.


Uma das razões porque adoro este desporto
Devem estar a perguntar-se porque pus uma foto de uma garrafa de água com gás vazia. A organização optou por não colocar copos de plástico nos reforços. E embora houvesse líquidos, quem não levasse um copo ou garrafa vazia, ia ter problemas. Pois bem, uma senhora que estava a fazer o trail, vê-me ali a olhar para um lado e para o outro à procura de maneira de beber algum liquido, não tem mais nada e "tome lá esta.. que está vazia..". Aceitei a garrafa, agradeci e bebi o que tinha a beber. Quando fui para a devolver, já a senhora tinha partido. Pouco depois encontro a senhora no trilho, onde além de agradecer mais uma vez o gesto, fiz questão de lhe devolver a garrafa.. "essa era para si.. eu tenho aqui outra para mim..". Foi um gesto simples, mas que cai sempre super bem.

Tu é que és maluco
Hoje está numa de escrever, pelo que aqui vai mais uma história engraçada. 
No dia seguinte à prova, um amigo vem ter comigo e começa com a conversa do costume:
- Tu correste 29kms!! Tu é que és maluco!!!
- Não entendo o prazer de correr tanto tempo!! Que tiras disso?
- Porque te sujeitas a tanto sofrimento e tal

A verdade é aquela que sabemos. Só quem faz isto entende! Pelo que não tentei sequer explicar nada. Limitei-me a sorrir. 
Não importa se fazemos caminhadas, trails curtos, trails longos, ou ultras como o Hugo do blog QuarentaeDois. Cada um faz o que faz, faz o que quer e sempre por razões próprias. Se desfrutamos, se nos faz sentir bem, é continuar enquanto houver perninhas e cabeça. O resto é história.

E agora
Próximo fim-de-semana, tenho uma Meia-Maratona para fazer. Com o tempo vou gostando mais e mais de correr no monte do que na estrada. Por um lado acho a estrada mais violenta para o nosso corpo que o monte, e por outro mais maçadora. 

Meu joelho esquerdo continua a queixar-se, mas nada impeditivo. Por agora, o trabalho de prevenção que tenho feito, tem-me permitido ir levando a água ao moinho. Já o joelho direito, a estar certo meu diagnóstico, conto que tenha solução a breve trecho. Tenho que continuar a apostar nas mesmas coisas. Alongamentos, reforço muscular e gelo no fim dos treinos/provas. 
Sem levar nada como certo, espero no próximo Domingo, conseguir chegar ao fim da prova em bom nível, sem pensar em tempos. É começar a prova e ver o que o corpo me transmite.
Estes 29kms ajudaram muito a melhorar minha preparação. Se as lesões não me travarem, espero poder continuar a fazer provas até 30kms, em que possa disfrutar cada vez mais e sofrer cada vez menos.

Boas corridas.


Leia Mais ››

sábado, 20 de fevereiro de 2016

Joelho do corredor - Síndrome da banda iliotibial

Além dos problemas no meu joelho esquerdo, ultimamente tenho sentido problemas mais usuais em corredores. Mas desta vez no joelho direito. Correndo o risco de o meu auto-diagnóstico estar errado, pelos sintomas, estou muito inclinado para o conhecido "Joelho do corredor". Uma lesão que apoquenta milhares de corredores por esse mundo fora.

O que é isto do joelho do corredor?
O síndrome de fricção da banda iliotibial é uma lesão por sobre-uso dos tecidos na parte distal do músculo,   na parte externa do joelho. É uma das principais causas de dor lateral do joelho nos corredores. A banda iliotibial é uma banda grossa de tecido que se estende desde a anca por aí abaixo pela parte exterior do músculo, e insere-se na tibia. A banda é crucial para a estabilização do joelho em marcha, em movimento desde a parte posterior do fémur á parte anterior durante a marcha. A fricção contínua da banda sobre epicôndilo lateral femoral com a flexão e extensão repetida do joelho durante a corrida pode provocar inflamação da zona. Ocasionalmente, a banda iliotibial inflama-se na sua origem proximal e causa dor.
Fonte: A minha corrida
Encontram pela internet dezenas de artigos a explicar em grande detalhe, o que é isto do joelho do corredor. Por sugestão, vejam o link que deixei acima, que como sempre é de uma qualidade e rigor impressionante.
A razão que me levou a escrever este artigo, foi mais orientada para reforçar a prevenção, por quem possa ler este artigo, de modo a conseguir prevenir um problema extremamente comum entre corredores.

Da parte que me toca, as queixas batem certo. Dor ao longo da face exterior do joelho direito. Dor essa que me tem aparecido de forma intermitente nas ultimas semanas. Tenho procurado colocar em prática algumas das recomendações para este tipo de tratamento, pelo que decidi partilhar com vocês. Se ajudar uma pessoa que seja, já será óptimo.

Quem está mais propenso a ter este tipo de lesão?

- Atletas pronadores
- Atletas que correm longas distâncias (a tal questão do movimento repetitivo, que nos tira elasticidade)
- Atletas que não alongam correctamente no pós-treino
- Atletas com fraca elasticidade, sobretudo nas pernas
- Atletas com deficiências ao nível do core, tanto nas pernas, como zona lombar
- Atletas com massa muscular insuficientemente desenvolvida/preparada para a prática deste desporto
- Calçado inadequado/gasto (então se forem pronadores..)
- Não usarem palmilhas adaptadas ao pé

Tratamentos 
Tudo depende de quando surgem as dores.
Pós-treino >  fim da corrida > durante a corrida > qualquer altura do dia a dia

- Gelo e medicação anti-inflamatório 3 vezes por dia
- Diminuir/parar com treinos (consoante cada caso)
- Reforçar e apostar (muito) mais nos alongamentos (>30s por alongamento)
- Compressão à base de ligaduras
- Tratamento junto de um fisioterapeuta para ajudar a reduzir a inflamação
- Trabalho de ginásio para reforço muscular, aumento flexibilidade e alongamentos

Exercícios
Fortalecimento do quadricep
Deitado, com um rolo sob o joelho. Contraia o músculo da coxa e perna de forma a esticar o joelho e puxar a ponta do pé para si. Repita entre 8 a 12 vezes, desde que não desperte nenhum sintoma.

Em pé, com a região lombar apoiada na bola e os pés ligeiramente afastados. Dobre os joelhos até aos 45o/60o, mantendo as costas alinhadas. Suba lentamente para a posição inicial.Repita entre 8 a 12 vezes, desde que não desperte nenhum sintoma.

Alongamento do quadricep
Em pé, apoiado. Agarre no pé da perna a alongar e aproxime-o o mais possível da bacia. Mantenha as costas alinhadas. Mantenha essa posição por 20 segundos. Repita entre 5 e 10 vezes, desde que não desperte nenhum sintoma.
Antes de iniciar estes exercícios você deve sempre aconselhar-se com o seu fisioterapeuta.
Cruzar a perna lesionada por trás e inclina-la para o lado não lesionado. Este alongamento faz- se melhor com os braços sobre a cabeça, criando um “arco” desde o tornozelo a mão no lado lesionado.
Deite-se de lado no chão , rolar um pouco a anca mais alta para a frente e estender os quadris para trás . Girar ligeiramente o pé para fora e levante lentamente a perna para cima, concentrando-se nos glúteos fazer o trabalho. Deve senti-lo minimamente nas suas coxas , estender os quadris para trás um pouco mais. Este exercício deve ser muito exigente. 2 a 3 séries de 10
Deite-se de barriga para baixo e dobre o joelho a 90 graus,e lentamente levante a coxa -se sem usar a região lombar . 2-3 séries de 10
Deite-se de costas, um joelho dobrado e a outra perna esticada. Levante lentamente suas nádegas, de modo a subir e descer a perna esticada. 2-3 séries de 10 .
Cruze uma perna debaixo de você e estique a outra perna . Em seguida, incline seu tronco para o lado da perna que está dobrada debaixo de você . Mantenha-se assim por 20 segundos , 4 vezes em cada lado .
Sente-se com as costas direitas, encostado à parede e  dobre seus joelhos para fora, com seus pés juntos e empurre com as mãos, seus joelhos lentamente para baixo. Mantenha por 20 segundos , 4 vezes em cada lado .

Musculação
Como complemento à corrida, devemos sempre trabalhar nossa parte muscular, por isso com ou sem lesões deste género, devemos sempre fazer 2 treinos por semana no ginásio. Cross-fit ou a musculação clássica servem perfeitamente.

Conclusão
Este é daqueles problemas, que depois de ter é sempre chato de resolver. Como sempre a melhor coisa a fazer é prevenir, por isso, além do trabalho de ginásio, devemos perder 10 min no fim dos nossos treinos, para alongar bem (mínimo 30s por alongamento), e exercícios como os que acima indiquei.

Fontes:
correrporprazer
walkjogrun
aminhacorrida
Leia Mais ››

Correr - Como conseguir motivação nos dias mais dificeis

A questão da motivação é fulcral para tudo que fazemos na vida. Seja no foro pessoal, profissional ou por exemplo, num desporto qualquer. Quando estamos motivados, nada nos custa.. Já o contrário.. pode ser um bicho-de-sete-cabeças. Como passei por um momento desses, decidi escrever algo a respeito.

Já tinha falado sobre a motivação aqui, e cada vez mais me convenço, que tal como noutras coisas da vida, devemos fazer um refresh em relação a este tópico de vez em quando. Só para não perdermos o focus.

Posso dizer sem problemas que hoje não tenho a mesma motivação que tinha há um ano atrás. Tudo o que passei em 2015 fez-me ficar muito céptico. Estou a treinar com calma, apenas 3 vezes por semana, a tentar minimizar a bursite (inflamação crónica) que tenho no joelho, fazendo sempre gelo e aplicando um anti-inflamatório no pós-treino, alongar muito, apostar em reforçar o core bem como as pernas e investindo novamente numas palmilhas que feitas à medida, e numas sapatilhas para pronadores que espero receber.
ainda este mês.  
Tudo isto para dizer o quê? Não sei o dia de amanhã, pelo que não traço planos ambiciosos, afinal há um ano atrás, não havia um treino em que não saia dele a coxear.

Corro por gosto, e sobretudo  pela esperança de conseguir correr, mesmo com as limitações que meus joelhos, pés e asma me impõe, pois é algo que adoro fazer, que me faz sentir bem, e que me dá muito.

Um daqueles treinos
Ontem fiz um treino que pôs à prova a minha motivação actual. Era um treino intervalado, 3x (600+400+300+200). Só muito recentemente voltei a fazer treinos intervalados, pelo que se calhar era muito ambicioso da minha parte, querer fazer um treino com esta dureza. O plano a 100% era completar cada série, e descansar até à seguinte durante metade do tempo que me levou a fazer essa série.
Posso já dizer que não consegui cumprir o tempo de descanso programado, nem fazer o treino à velocidade pretendida, mas não é disso que quero falar hoje.

O que queria contar era o seguinte: Saio do gym por volta das 19:00, e fica na rua, à espera que o meu Garmin apanhe o GPS. A rua está praticamente deserta, com algumas pessoas a fugir à chuva que caia. O Garmin apanha o GPS, e inicio meu aquecimento, rumo à pista.
Nota: A chuva não parou 1min que fosse.
Chego à pista, e encontro dois camaradas a treinar. Continuo meu aquecimento, e lá começo as séries. As primeiras duas (600 e 400) não acabam bem. Não aqueci direito, e acabo-as completamente ofegante (aqui também devido à minha asma). O resto do treino, optei por fazer mais lento, e com mais tempo de recuperação entre cada série.
Pouco tempo depois, reparo que estou apenas eu e outro colega na pista, quando somos informados pelo responsável da pista, que por só estarmos nós, iam desligar as luzes. O outro colega vai embora e fico eu sozinho na pista. Devo ter feito metade do treino às escuras, e sempre com a chuva a cair.

E pronto, numa das séries que estava a fazer, comecei a ter duvidas.. minha cabeça começou a magicar a possibilidade de terminar o treino antes do previsto e ir embora "já nem luz tens.. se calhar é melhor acabares agora o treino". Confesso que vacilei.. cheguei a pensar desistir.. mas consegui resistir e terminar o treinoo.

Vou embora de volta para o gym, tomo meu merecido banho e vou a correr para a casa de um amigo, ver o meu Benfica levar na espinha do Porto. Como estava atrasado e não tive tempo, passei em casa para pegar minha toalha e saco do gelo, para aplicar no joelho. Eles vêem-me a colocar o gelo com a toalha à volta, e perguntam o que é aquilo e tal.. e eu respondo, dizendo que treino fiz, e porque estava a aplicar o gelo. A reacção deles vocês já devem conhecer.. foste correr  com esta chuva?? Tu é que és tolo e tal.. Vocês sabem como é.
E a vida é um pouco assim. Para eles o que eu fiz é de malucos, mas eu posso dizer o mesmo de amigos meus, que treinam 6 vezes por semana, faça chuva ou sol, seja de madrugada ou ao final do dia. Ou seja, os meus amigos acharam-me maluco, quando na verdade tem milhares e milhares de atletas amadores (os profissionais nem se discute), que fazem muito mais que eu. No meu caso particular, apenas posso dizer que foi um daqueles momentos em que a minha motivação foi suficientemente forte, para me permitir fazer o treino, mesmo nas condições adversas em que o fiz.

Como conseguir motivar-me nas alturas difíceis
Como já disse, acho esta questão universal. Quantas pessoas se debatem em arranjar motivação para ir ao ginásio no Inverno, quanto mais treinar à chuva e frio? Não acho que aja uma resposta que sirva a todos. Cada um terá que encontrar o que resulta com ele, para conseguir ter a motivação que necessita para atingir os objectivos a que se propôs.

No meu caso, tenho uma boa ideia do que me deu a motivação, que se calhar há umas semanas não teria. A proximidade de algumas provas em que me inscrevi! Tenho inscrição feita e paga, para quatro ou cinco provas seguidas. E nem é tanto pela questão do investimento feito nessas inscrições (também importante para quem tem amor ao dinheiro claro), mas por querer ter um desempenho que me faça sentir satisfeito no fim, e sobretudo, não sofrer tanto por não estar devidamente preparado para a prova. E isso só se consegue treinando claro!
E posso-vos dizer que nestes dias, nem tenho que me esforçar muito para conseguir ter motivação. A vontade de treinar, mesmo nestas semanas que só chove, está sempre lá. Mesmo nos dias em que me sinto mais cansado. Abdicar de coisas boas que a vida tem para nos dar, como sair à noite, não custa tanto como seria de esperar. Mas isso também pode ser uma questão de prioridades.

Dica do dia
Por isso aqui fica a minha dica, que vale o que vale, e é apenas baseada naquilo que resulta comigo.
Tracem objectivos! Tracem objectivos que vos obriguem a trabalhar por eles. Ao inscrever-me em algumas  provas, a maioria para distâncias já interessantes (acima dos 20kms), e se calhar acima do que a minha preparação actual permite, a minha consciência acaba entrando na parada, e a motivação logo surge..

Espero que este artigo de algum modo vos seja útil. Se tem outras maneiras de conseguir obter motivação, somos todo ouvidos.

Boas corridas
Leia Mais ››