sábado, 10 de dezembro de 2016

Rescaldo - Meia Maratona de Vigo 2016

Posso dizer com alguma satisfação que 2016 acabou sendo o melhor ano que tive até agora, no que toca a corridas. Fiz mais corridas que nunca, e consegui o meu grande objetivo. Participar e concluir uma Maratona. As semanas que se seguiram à Maratona não foram fáceis, mas após quatro semanas as coisas começaram a normalizar. A época 2016 acabou com uma boa surpresa, pois melhorei meu record pessoal na Meia Maratona, quando nada o fazia prever.


Fresco de participar na Meia Maratona de Famalicão, e correndo o risco de parecer cliché, mas fui para Vigo sem qualquer expetativas no que toca a tempos, pensando apenas em rolar a bom ritmo, mas sem entrar em loucuras. Desde a Maratona do Porto que diminui os treinos (e muito), e tenho-me dedicado a outros prazeres da vida, como sair à noite e comer coisas que não se deve comer.
A noite anterior à prova não foi exceção, com um jantar de Natal. Não me neguei a absolutamente nada, comi muito mais do que devia, e sobretudo diverti-me. A vida não é só correr!

Dia da prova
Acordei por volta das 06:30 com cerca de 2h30 de sono. Consegui chegar a Vigo com tempo suficiente para pegar meu dorsal e arranjar local para estacionar o carro. Gosto muito de Vigo! É uma cidade diferente do que se costuma ver em Portugal. Faz-me lembrar algumas cidades americanas. Muitas ruas, sobe e desce, e prédios e mais prédios. O cenário prometia.
Fui fazer ao meu aquecimento, e pelos atletas que ia cruzando, parecia que não ia ter muitos participantes, coisa que até nem se verificou. Esta prova tinha a nuance de podermos participar na mesma por equipas, ou seja, podia-se fazer equipas de 2 ou 4 elementos. Achei esta variante muito engraçada.

Vamos ver no que dá
Como disse fui para esta prova sem intenções de olhar para o relógio. Acontece que o aquecimento correu bem. Estava um dia lindo.. perfeito para correr e aqueles minutos antes da partida, associados às boas sensações que tive no aquecimento, fizeram-me mudar o objetivo para a prova.
Sendo uma prova que não é boa para tempos, devido à natureza do percurso com subidas e descidas, comecei a prova bem, mas sem entrar em loucuras, e assim foi até ao km 12, com os parciais a variar consoante o percurso subia ou descia.

Porcaria dos cordões
Uma regra de ouro nas corridas, é garantir que os cordões estão devidamente apertados, coisa que não fiz. E como castigo, fui forçado a parar por volta do km 12. Posso dizer que fiquei muito chateado com F grande com minha burrice, e a partir dai a minha prova mudou bastante. De imediato acelerei o passo na tentativa de recolar no atleta espanhol com quem ia a correr lado a lado. Acontece que não me fiquei por ai e continuei a puxar, dando tudo o que tinha. A dada altura veio a ilusão de poder não só bater meu record pessoal, como ficar perto da 01h30, ou até superar. Como era um percurso com duas voltas, ao fim da primeira volta, fiquei a saber onde subia e onde descia, e como os kms finais eram a descer, ataquei forte. Dei mesmo tudo o que tinha e não tinha. Perto do fim, ficou evidente que não ia conseguir baixar da 01h30, pelo que esmoreci um pouco, mas mesmo assim, fiz os 3 kms finais abaixo das 04:00. Foi uma parte final muito intensa, com as pulsações super altas, e o corpo a querer abrandar. Foi uma luta com a cabeça, mas digo, soube bem atacar e dar tudo o que tinha e não tinha.
O tempo final foi de 01:32:22, uma melhoria de 32s face ao meu anterior record, obtido no inicio do ano, na Meia Maratona de Braga. Conseguir acabar abaixo das 01:30:00 é o meu próximo objetivo, na edição 2017 da Meia Maratona de Braga, prova mais propícia a bons tempos que esta.

Fim de época
Esta deverá ter sido a minha última prova da época. Não estou particularmente interessado em fazer S. Silvestre, o que não quer dizer que não o faça. O balanço do ano será feito brevemente, mas foi um ano positivo sem duvida.

Aquele abraço.

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