segunda-feira, 18 de julho de 2016

Rescaldo - Trail expedição ao S. Gonçalo 2016

Ao pensar como iria iniciar este rescaldo, fui ver quando foi meu último trail, e fiquei um pouco admirado. Já passaram cerca de quatro meses, desde que fiz o Fafe Trail Run. Tempo a mais sem duvida nenhuma. A altura do ano convida sobretudo a situações de relaxe total, como praia, rio ou piscina, pelo que a forma e até vontade de correr/sofrer não são as mesmas. 
Vamos ver como correu minha primeira participação no Trail expedição ao S. Gonçalo.


Como disse na minha introdução, passaram quatro meses desde o meu último trail. Os problemas com os joelhos levaram a melhor e optei por parar um pouco, enquanto dava tempo para diminuir as inflamações. Por outro lado, perdi motivação e como bem sabemos, sem motivação torna-se difícil conseguir o quer que seja. O tempo convida a outras atividades, o que não ajuda em nada.
A decisão de voltar a competir, foi sobretudo para ver se o bichinho da competição reacendia a chama de competir/treinar.

É impressionante tudo o que muda quando deixamos de praticar algo com regularidade. Perde-se aqueles pormenores, a atenção ao detalhe. Sabia que não tinha preparação adequada para fazer 15kms sequer, pelo que o meu único objetivo era terminar. Mas por outro lado, isso não me deveria ter impedido de preparar a prova convenientemente. Estudar a altimetria, ver o perfil da prova, planear a gestão de energia, ver como ias estar o tempo, etc. 
Por ser "apenas" 15 kms, tive a infeliz ideia de não levar nada comigo. Nem camel-bag, nem barras energéticas.. Tudo à grande e à francesa. E como vamos ver isso foi um erro

Esta prova decorreu na zona de Barcelos, zona que conheço bem de provas de BTT. A zona de partida/chegada, já tinha estado antes. Mas numa prova de estrada. É uma localidade que vale a pena visitar. São ruas estreitas, muito sobe e desce, mas com pessoas que sabem receber. Dá gosto ir lá.

A prova até tinha muitos participantes, pelo que sabia que nunca iria estar só durante a mesma.

Muito calor
A pouca preparação que tinha, aliado à natureza do terreno por onde andamos (com muito sobe e desce), somando ao forte calor que se fez sentir, tornou a prova bem mais difícil do que seria noutras circunstâncias. Procurei ir com calma, gerindo muito bem o esforço,  e tentando não entrar em loucuras. 
As sensações não eram boas, pelo que fui sempre num ritmo baixo. Apanhei duas ou três (sinceramente já não me lembro ao certo) zonas de reforço, que por norma seria suficientes para aguentar a prova, não fosse a decisão errada que tomei de não  levar camel-bag.

A organização tomou a decisão de não fornecer copos nas zonas de reforço, pelo que quem quisesse beber água tinha que levar um copo consigo. Estava a contar ter à disposição as garrafas de água de 33cl que costuma haver, mas não tive essa sorte, pelo que poucos líquidos bebi durante a prova.

Com o passar dos kms, a fadiga e desidratação começaram a fazer-se sentir. Além disso na parte final, comecei a sentir algumas dores na planta do pé, fruto provavelmente dos poucos treinos que tenho feito. 

A parte final da prova custou-me imenso. Os efeitos da desidratação eram cada vez maiores! Fui 'cravando' água aos colegas sempre que podia, mas o mal já estava feito, e nos últimos kms fui perdendo lugares sucessivamente, pois o meu corpo estava mesmo nas últimas.

Se estivermos em forma e nos sentirmos bem tudo fica mais fácil (descidas inclusive). Como eu não estava em forma, tive que fazer um esforço enorme por me manter concentrado, pois com o cansaço e desidratação, era muito fácil perder a concentração e cair. Fazer uma prova nestas condições não é nada agradável.
O lado positivo desta participação é não ter tido qualquer dos nos joelhos. Tem sido assim quando regresso a treinos e provas. Mas sei que será sempre sol de pouca dura. Só posso gerir da melhor maneira. Mas não imaginam o bom que é não sentir qualquer dor numa zona que tanto nos apoquenta.

A parte final da prova foi uma lufada de ar fresco, pois foi feito à volta de um riacho. Algum perigo associado, pois as sapatilhas que tenho agora, as Salomon S-Lab, dão-se bem em todas as condições de terreno, exceto em lama ou zonas de pedras escorregadias, o que foi o caso. Mas andar por aquela água fresca soube muito bem. 
A prova terminou onde começou, mas desta vez com uma subida bastante complicada, que custou muito a fazer.

Acabei a prova mesmo mal! Muito desidratado, fraco, fatigado, extenuado. Tive mesmo que me sentar e beber vários líquidos até melhorar. Tive a felicidade de uma colega de equipa, estar na zona da meta. Mal viu como estava, tratou logo de me ajudar, pois pelo que me disseram, não estava mesmo com boa cara.

O tempo final, 02:25:59 para 16kms reflete tudo o que disse. Foi um péssimo tempo de se fazer, mesmo para mim que não sou nenhum cavalo de corrida.

Esta prova podia ter corrido melhor se a tivesse preparado convenientemente. Como não o fiz, acabei sofrendo bastante. Mas pronto, lição aprendida. Venha a próxima.

Bons treinos e boas férias se for caso disso.
Leia Mais ››

segunda-feira, 4 de julho de 2016

Rescaldo - Corrida S. João Braga 2016

Após um longo tempo de ausência, aqui estou a escrever mais uma crónica. Tem sido tempos muito calmos no que toca a corridas/treinos, e este regresso embora longe das condições ideais, soube bem. Aqui fica o rescaldo da minha participação na Corrida S. João 2016.


Como disse na minha introdução, os últimos tempos não tem sido propriamente ativos. Após várias semanas a competir sistematicamente, os problemas no joelho esquerdo, foram passando para o joelho direito, e com o tempo foram-se agravando mais e mais. 
Depois da minha participação na Corrida do Dia Pai em Março, ainda participei em mais um ou dois trails, mas já sem a mesma motivação, pelo que estive perto de dois meses sem competir, esperando que o segundo conjunto de palmilhas que comprei, após algumas alterações às mesmas, se entende-se melhor com o meu corpo, pois estava a sentir vários problemas de adptação.
Tudo junto, significou em poucos treinos e nada de provas.

Até que chegou Junho, mês do S. João, onde não pude deixar de participar na Corrida do S. João. Participei neste prova também em 2015, na altura também em circunstâncias parecidas, com poucos treinos nas pernas.

Como foi a prova
Infelizmente não consigo conciliar momentos de forma aceitáveis, com momentos sem dores/problemas nos joelhos. Ou é um ou outro. E desta vez, os joelhos não deram problemas, mas a má forma prevaleceu.
Foi um dia de muito calor. Uma uma corrida de 12kms. Tinha como objetivo chegar ao fim e como estratégia começar com calma, gerir ao máximo e se tivesse pernas, atacar perto do fim.

Tudo correu dentro do plano, até cerca de 4kms do fim, onde tentei atacar como planeado. Infelizmente este ataque não correu bem. Como podem ver fiz o km 8 em 4:05 e o km 9 em 04:15. Foi mais ou menos entre o km 9 e km 10, que "abafei" por completo. O corpo não respondeu, senti muito o calor, e não tive disponibilidade física ou mental para aguentar aquele esforço. Claramente ia a um ritmo superior ao que o corpo aguentava, pelo que optei por me deixar ir até ao fim, com alguns picos aqui e ali e uma ponta final um pouco mais forte.
Terminei a prova com o tempo de 00:52:16, cerca de 2min melhor que em 2015. Meu objetivo secreto era terminar a prova abaixo dos 50min. Mas isso como se viu era impossível, face às circunstâncias.
Sem treinos não há milagres. O ponto positivo foi claro, a ausência de dores nos joelhos.

Faço votos para mais provas da minha parte nos próximos tempos. Vamos ver o que ai vem.

Boas corridas :)
Leia Mais ››