domingo, 22 de fevereiro de 2015

Corrida segmentada

Sou um novato nas corridas. Corro nem há dois anos apenas. Nunca fiz uma maratona sequer... Pelo que dar conselhos sobre esta dúvida que me veio à cabeça, é no mínimo prematuro.
Mas como sempre que tenho um duvida.. Eu pesquiso.. Procuro respostas.. Sobretudo quando não tenho experiência pessoal sobre essa mesma dúvida.


Estou a passar uma fase difícil. Uma lesão no joelho que me impede de fazer distâncias superiores a 10kms. A partir dai começo a sentir dores nos joelhos. Por isso, enquanto lido com isto, pensei em maneiras de conseguir fazer os treinos que quero fazer dentro das limitações que tenho. E durante esse processo lembrei-me. Isto é algo que milhares e milhares de atletas precisam. Trabalho, filhos, lesões tudo isto pode impedir-nos de fazer os treinos que temos. Por vezes é impossível termos 2h para fazer um treino longo. Será que há maneira de contornar isto?

Pesquisa...
Certamente existem n artigos na internet sobre este tema. O que li neste artigo da Runnersworld foi suficiente. 

Dividir os treinos longos é uma estratégia usada pelos ultrarunners há muito tempo. Não é só para quem tem pouco tempo disponível ou limitações. Os ultrarunners usam este tipo de treino para estimular pernas cansadas e para acumular distâncias longas sobre um período longo de tempo.
Além disso dividir os treinos longos num dia não só ajuda a cumprir os kms pretendidos para a corrida, mas também pode ajudar a correr melhor (entenda-se com um ritmo melhor, menos esforço e mais kms) ao longo da distância. 

Sempre que vamos acima do que estamos preparados, sentimos fadiga. Ela surge quando as nossas capacidades de endurance diminuem e a nossa forma começa a deteriorar-se. Por exemplo, se somos capazes de correr 10-12kms e decidimos correr 18kms, o mais provável é sentirmos uma quebra algures a partir dos 14kms.
Acho que não importa se conseguimos correr 5kms ou 50kms. Este fenómeno da fadiga vai acontecer sempre. Qualquer atleta tem uma capacidade de sofrimento maior que o normal, e provavelmente até fará os 18kms acima referidos, embora (provavelmente) à custa de dor, sofrimento e até lesões. Ainda hoje eu passei por isso ao correr com dores no joelho. Hoje não só senti dores joelho, como acabei com dores nos glúteos. Pode ser derivado de muita coisa. Usar músculos para compensar outros que estão fatigados ou  lesionados é uma das possibilidades.

Dividir uma corrida em dois segmentos num dia, dá-nos um período de recuperação que nos permite correr o segundo segmento mais frescos, e assim concluir os últimos 30/40% da corrida longa com uma performance melhor e menos fadiga. A Runners World recomenda fazer 60% da corrida no primeiro segmento, de manhã antes do trabalho por exemplo, e os restantes 40% do segundo segmento, ao final da tarde/início da noite.

O resto deste artigo interessantíssimo artigo tem dicas para maratonistas, incluindo um plano de treinos de 20 semanas muito interessante. Mas o objetivo deste artigo era falar sobre a possibilidade de dividirmos uma corrida longa em dois segmentos, pelo que não falarei disso.
Devido ao meu joelho, este treino segmentado pode ser o ideal para conseguir cumprir meus treinos, enquanto lido com a lesão. Não sei como o joelho vai reagir a treinos/corridas bi-diários, mas mesmo que não corra bem, fiquei convencido na mesma. 

Provavelmente a grande maioria dos corredores do tipo Maratonas para cima, já aplica este tipo de treinos. Hoje, após esta pesquisa, fiquei a conhecer também, e vou experimentar.

Boas corridas.

Comente com o Facebook: